Cid sondou outro advogado antes de contratar defesa que guiará confissão
O criminalista Cezar Bitencourt entrou na causa após outros contatos feitos pela família do ex-ajudante de ordens não prosperarem

O advogado Cezar Bitencourt assumiu a defesa do tenente-coronel Mauro Cid na última terça-feira 15, após a família do ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro sondar outros nomes para assumir o caso.
Antes de Bitencourt, o criminalista Marcio Palma foi contatado pela família do militar. As tratativas com Palma eram dadas como certa, mas, de última hora, o acordo não foi fechado. Interlocutores que acompanharam as negociações relataram que outros advogados chegaram a visitar Cid na cela, ao lado da mulher dele, Gabriela.
Bitencourt, então, entrou na causa na sequência, antes mesmo de conversar com Cid. O advogado esteve no batalhão do Exército, onde o militar está preso, no dia seguinte à contratação.
Após a visita, como revelou Roda Super Sortuda, Cezar Bitencourt anunciou que Mauro Cid está disposto a confessar que vendeu joias recebidas por Bolsonaro durante viagens oficiais e repassou o dinheiro ao ex-presidente.
Depois disso, em uma sequência de versões apresentadas após conversar com um advogado de Bolsonaro, Bitencourt modulou a linha de defesa e disse que Cid confessará apenas a negociação de um relógio Rolex, cujas evidências da transação já foram lastreadas pela Polícia Federal.
Bitencourt é o terceiro advogado de Mauro Cid. Antes dele, atuaram Bernardo FeneloneRodrigo Roca.